Diabetes pode ser uma doença silenciosa; conheça os principais tipos e seus sintomas

Diabetes pode ser uma doença silenciosa; conheça os principais tipos e seus sintomas
Com a doença controlada, paciente pode levar vida normal, com excelente qualidade

28/08/2020 | Dicas de Saúde

Existe na literatura médica uma série de tipos de diabetes. Dois deles, porém, são mais prevalentes. E é sobre eles que a Dra. Júlia Oberger, endocrinologista e metabologista da MedCal, falou com a gente.

Os diabetes tipo 1 e 2 acometem parcela significativa da população. Mas você sabe a diferença entre eles? Qual é mais comum? Quais os seus sintomas?

Menos comum, o diabetes tipo 1 acomete de 5% a 10% dos pacientes que têm a doença e ocorre mais frequentemente em crianças e jovens. 

“Aqui, o sistema imunológico ataca e destrói as células beta do pâncreas por acreditar que são estranhas ao organismo. Essas células são responsáveis pela produção de insulina, o que faz com que pouca ou nenhuma insulina seja liberada para o corpo”, diz a Dra. Júlia. “Como resultado, a glicose fica no sangue ao invés de ser usada como energia pelas células”, explica.

Embora ainda não se saiba exatamente os motivos que levam a esse ataque, na maioria das vezes, ele está relacionado à predisposição genética associada a fatores ambientais.

No caso do diabetes tipo 1, os sintomas podem ser facilmente percebidos: eles incluem perda de peso sem motivo aparente, sede intensa, urina clara e em excesso e visão turva.

Diferentemente do tipo 1, o diabetes tipo 2 pode ser silencioso e de mais difícil identificação. Ainda que seja mais frequente – ele acomete 90% das pessoas com diabetes –, muitos pacientes são assintomáticos. “Isso faz com que mais de 40% dos diabéticos tipo 2 sequer saibam que têm a doença”, observa a Dra. Julia.

A especialista explica que o diabetes tipo 2 aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz (resistência a ação da insulina). “A insulina coloca a glicose dentro das células para usar como combustível. Se ela não é usada adequadamente, a dificuldade de ação da insulina eleva a glicemia no sangue”, afirma. “Existe uma fase desse tipo de diabetes que pode haver falta de insulina também.”

Segundo a Dra. Júlia, embora muitos pacientes sejam assintomáticos, vale ficar atento a sinais como fome frequente, vontade de urinar diversas vezes, formigamento nas mãos e pés, visão embaçada e demora na cicatrização de feridas. 

Tratamento

No caso do diabetes tipo 1, o tratamento é sempre realizado com insulina, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue.

Já quando falamos em diabetes tipo 2, o tratamento exige o uso de medicamentos orais, injetáveis e, se necessário, insulina. Sempre associado a planejamento alimentar e exercício físico. “Como, na maioria das vezes os pacientes com diabetes tipo 2 apresentam sobrepeso ou obesidade, a perda de peso é essencial”, alerta.

Exames de rotina

O médico especialista no cuidado, tratamento e acompanhamento de pacientes com diabetes é o médico endocrinologista. A Dra. Júlia aconselha que não se espere a doença aparecer para se consultar. “Por vezes, ele se agrava sem dar sinais”, lembra. “E o diabetes não controlado pode levar a complicações renais, oculares e cardiológicas”, diz.

Por outro lado, quando controlada, o paciente leva vida normal, e com excelente qualidade. Por isso, faça sempre os seus exames de rotina.

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